Hoje é o dia 25 de Abril - Estava eu, nesse dia, em São Tomé - Era operador no então Emissor Regional de São Tomé e Príncipe da EN e correspondente da Revista Semana Ilustrada - Soube da notícia às cinco da manhã, pouco antes de abrir a Estação e colocar a bobine do Hino Nacional no ar. Era então o tempo do colonialismo e da ditadura fascista - Claro que recebi com agrado a notícia - tanto mais que, a um verdugo da PIDE, me havia espancado brutalmente, depois de fazer a travessia de piroga de São Tomé ao Príncipe - Ao chegar ao aeroporto (agora de avião) o cumprimento que recebi foram vários socos no estômago. Depois meteram-me num jipe e levaram-me para uns calabouços e onde permaneci vários dias para um longo interrogatório - Suspeitavam que eu ia fugir para o Gabão e me ia juntar ao MLST, dadas as boas relações que mantinha com os santomenses - Na Roça queriam que eu tratasse os trabalhadores por tu, ao que me recusei. Mandaram-me então de castigo a contar cacaueiros velhos para o sul da Ilha, em áreas abandonadas e infestadas pelas cobras pretas - Bom, mas vou ficar-me por aqui porque se conto as minhas recordações de São Tomé, não chega um livro - Conforme já referi noutro comentário,a aderi a este site, com muito gosto, por ter sido um antigo aluno da Escola Agrícola
Hoje é o dia 25 de Abril - Estava eu, nesse dia, em São Tomé - Era operador no então Emissor Regional de São Tomé e Príncipe da EN e correspondente da Revista Semana Ilustrada - Soube da notícia às cinco da manhã, pouco antes de abrir a Estação e colocar a bobine do Hino Nacional no ar. Era então o tempo do colonialismo e da ditadura fascista - Claro que recebi com agrado a notícia - tanto mais que, a um verdugo da PIDE, me havia espancado brutalmente, depois de fazer a travessia de piroga de São Tomé ao Príncipe - Ao chegar ao aeroporto (agora de avião) o cumprimento que recebi foram vários socos no estômago. Depois meteram-me num jipe e levaram-me para uns calabouços e onde permaneci vários dias para um longo interrogatório - Suspeitavam que eu ia fugir para o Gabão e me ia juntar ao MLST, dadas as boas relações que mantinha com os santomenses - Na Roça queriam que eu tratasse os trabalhadores por tu, ao que me recusei. Mandaram-me então de castigo a contar cacaueiros velhos para o sul da Ilha, em áreas abandonadas e infestadas pelas cobras pretas - Bom, mas vou ficar-me por aqui porque se conto as minhas recordações de São Tomé, não chega um livro - Conforme já referi noutro comentário,a aderi a este site, com muito gosto, por ter sido um antigo aluno da Escola Agrícola
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