Maria Teresa Horta recebe prémio D.Dinis

Escritora Maria Teresa Horta, distinguida com o Prémio D. Dinis pelo romance "As Luzes de Leonor".


"Sempre fui uma mulher coerente; as minhas ideias e aquilo que eu faço têm uma coerência",
A coerência é a razão pela qual não receberá o prémio das mão do primeiro ministro, cerimónia prevista para a próximo dia 21 de setembro.

"Não recuso o prémio que me enche de orgulho e satisfação"


"Não recuso o prémio que me enche de orgulho e satisfação, recuso recebê-lo das mãos do primeiro-ministro", deixou claro Maria Teresa Horta.
A escritora disse que já informou a Fundação Casa de Mateus da sua decisão, assim como a sua editora e falou com cada um dos membros do júri.
A premiada salientou ainda a "satisfação" que lhe deu ter sido distinguida "por um júri que representa três gerações de poetas: o Vasco Graça Moura que é da minha [geração], o Nuno Júdice, que é da seguinte, e o Fernando Pinto do Amaral, que é a mais nova".

Prémio nasceu em 1980

O Prémio Literário D. Dinis, instituído pela Fundação da Casa de Mateus, foi atribuído por unanimidade à escritora, pela obra "As luzes de Leonor. A marquesa de Alorna, uma sedutora de anjos, poetas e heróis", editado pelas Publicações D. Quixote.
Instituído em 1980 pela Fundação Casa de Mateus, em Vila Real, o galardão é atribuído a uma obra literária - de poesia, ensaio ou ficção - publicada no ano anterior ao da atribuição do prémio.
"As Luzes de Leonor", obra editada em 2011, é um romance sobre a vida da marquesa de Alorna, Leonor de Almeida Portugal de Lorena e Lencastre (1750-1839), neta dos marqueses de Távora, uma mulher que se destacou na história literária e política de Portugal num período denominado como "o século das luzes".
D.ª Leonor de Lorena e Lencastre é avó em quinto grau de Maria Teresa Horta, nascida em 1937, em Lisboa.
Nascida a 20 de maio de 1937, em Lisboa, Maria Teresa Horta estudou na Faculdade de Letras de Lisboa, foi jornalista e ativista do Movimento Feminista de Portugal, com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, com quem escreveu o livro "Novas Cartas Portuguesas".
"Amor Habitado" (1963), "Ana" (1974) e "O Destino" (1997) contam-se entre mais de duas dezenas de obras publicadas da escritora.
 

                                                                                                                 Fonte:
                                                                                                                 Lusa

Comentários