Uma cadeira farta
Cada vez que entro na sala de estudo ouço a minha cadeira fofocar com a mesa, “aí vem o preto” e eu olho para elas com a mesma indiferença. Depois de pousar o meu computador “portátil” na mesa com cuidado, atiro-me na cadeira como sempre!
A cadeira farta, pergunta à mesinha: Porque é que ele te trata bem e a mim não? Ele senta-se sobre mim todos os dias, mas não me trata como deve ser…
- Precisas de entendê-lo, pois ele tem andado muito cansado por causa do estágio, interveio a mesinha...
A cadeira não satisfeita com a resposta, disse: “Quando alguém fica cansado procura descansar e não fazer isto que ele faz!”.
Queria não me meter na conversa das duas, mas quando olhei para a cadeira com aquela cara tristonha percebi que tudo que ela queria era a minha atenção, os meus cuidados e o meu carinho.
E então levantei-me sem arrastar a cadeira e voltei a sentar-me devidamente. A cadeira surpreendida olhou para mim e para a mesinha, e sorriu. Quando olhei para ela, sorrindo, pude perceber que afinal a minha cadeira é bonita e então prometi cuidá-la bem para sempre, não só dela mas de tudo o que estiver à minha volta.
Eu, a cadeira, a mesinha e o computador, que não quis dar nem uma palavrinha, ficamos felizes e tornamo-nos os melhores amigos.
Liorido Carlos Mussá, 11.º C
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